M. Giralt-Hernando, A. Valls-Ontañón, R. Guijarro-Martínez, J. Masià-Gridilla, F. Hernández-Alfaro
Palavras chave: cirurgia ortognática, avanço maxiolmandibular (AMM), síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), apneia obstrutiva do sono (AOS), via aérea superior, oximetria.
Essa revisão sistemática foi realizada para avaliar o efeito da cirurgia de avanço maxilomandibular (AMM) nas dimensões da via aérea faríngea e no índice de apneia e hipopneia (IAH) no tratamento da apneia obstrutiva do sono (AOS), com o objetivo de determinar se via aérea aumentada por essa cirurgia é o principal fator condicionado a subsequente redução no IAH.
Métodos
Foi feita uma busca nas bases de dados PubMed, Embase, Google Scholar e Cochrane. Um total de 496 estudos foram identificados. Os critérios de inclusão foram diagnóstico da AOS moderada a grave, sucesso do AMM avaliado por polissonografia, relato da magnitude do AMM alcançado, aumento da via aérea faríngea e seguimento mínimo de 6 meses.
Resultados
Após a aplicação dos critérios de elegibilidade, oito artigos foram incluídos. A análise de regressão mostrou que o AMM aumenta significativamente o volume das vias aéreas faríngeas (média de 7,35 cm (variação de 5,35-9,34)) e o espaço das vias aéreas faríngeas (média de 4,75 mm (variação de 3,15-6,35)) e garante uma pontuação de IAH final abaixo do limite de 20 (média de 12,9 eventos / hora).
Conclusões
Embora a análise de subgrupo tenha mostrado que o AMM é eficaz no tratamento da AOS, mais estudos randomizados são necessários para individualizar a magnitude necessária e a direção dos movimentos cirúrgicos em cada paciente e para padronizar as medições dos parâmetros lineares e não lineares da via aérea faríngea.