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Excelência em Ensino para Profissionais do Sono

Nossa missão não é somente fornecer conhecimento, mas também compartilhar experiência clínica adquirida nessa nova área de atuação odontológica

Odontologia do Sono

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O sono é essencial nas funções regulatórias do organismo é fundamental para saúde mental e emocional. Alterações no padrão de sono interferem negativamente na integridade das nossas funções diárias. A apneia obstrutiva do sono (AOS), o bruxismo e a insônia são os distúrbios do sono mais frequentes.
Indivíduos com AOS podem apresentar sonolência excessiva, deficiências cognitivas, aumento do risco de doenças cardiovasculares, aumento do risco de acidentes de trânsito e trabalho com consequente perda da qualidade de vida.

Por esse motivo, vários profissionais da saúde como especialistas em medicina do sono, pneumologistas, neurologistas, otorrinolaringologistas, psiquiatras, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e cirurgiões-dentistas, tem se unido na busca do tratamento mais adequado para cada paciente.
Nesse contexto o cirurgião-dentista passou a ter uma atuação imprescindível junto às equipes interdisciplinares que estudam e promovem o tratamento dos distúrbios do sono. Na atualidade, a principal atuação do CD é no tratamento clínico e cirúrgico desses pacientes, tanto adultos como crianças.

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Ronco e Apneia Obstrutiva do Sono (AOS)

A AOS é o distúrbio respiratório relacionado ao sono mais estudado, caracterizado por eventos recorrentes de obstrução da via aérea superior (VAS) durante o sono, associados a sinais e sintomas clínicos. O ronco pode apresentar-se de forma isolada (ronco primário) ou ser um sinal clínico da AOS. O diagnóstico desse distúrbio é dado através da avaliação clínica e do exame de polissonografia. A apneia do sono acomete mais homens adultos e mulheres na menopausa. Entretanto fatores neuromusculares e anatômicos predispõe à doença pessoas de variadas faixas etárias. A AOS é causa independente de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e pode contribuir para outras doenças cardiovasculares (como as arritmias cardíacas), alterações metabólicas e cognitivas comportamentais.
No adulto o tratamento clínico se baseia na indicação dos aparelhos denominados de CPAP, dos aparelhos intra-orais (AIO) e do tratamento fonoaudiológico. Dentre as abordagens cirúrgicas, a cirurgia ortognática é que apresenta maior grau de sucesso. Na criança, em geral é causada por aumento de amídalas e adenoides e a cirurgia associada ao tratamento ortodôntico e fonoaudiológico costuma resolver esse problema na infância. Por isto, é imperativo que o cirurgião-dentista que realiza o tratamento tenha formação em Odontologia do sono. Esta é a proposta dos Cursos da Neosono, tanto na formação inicial como no aprimoramento técnico e científico do profissional.

Bruxismo

O Bruxismo se caracteriza pelo apertar, ranger e bater dos dentes durante o sono ou mesmo na vigília. Tem como principais efeitos indesejáveis o desgaste dos dentes, a hipersensibilidade dentária, dor nos músculos da mastigação e nas articulações temporomandibulares e cefaleia.

O Bruxismo do Sono (BS) pode ser primário (idiopático) ou secundário (AOS, distúrbios neurológicos, de movimento, psiquiátricos ou associados ao uso ou retirada de substâncias químicas ou drogas). 

Nos Cursos da Neosono abordaremos a importante e frequente associação do Bruxismo do sono com a AOS na rotina clínica da Odontologia do Sono. O controle para o BS não é específico, e cada paciente deve ser individualmente avaliado. Das terapias citadas na literatura as mais utilizadas incluem as placas oclusais, mesmo que somente como forma de minimizar os efeitos deletérios do BS sobre os dentes e o sistema mastigatório.

Pacientes

A Apneia do sono corretamente denominada de Síndrome da Apneia Obstrutiva do sono é caracterizada por eventos repetidos que obstruem a via aérea superior (VAS) durante o sono, podendo estar associados à alguns sintomas clínicos. Essa obstrução manifesta-se de forma contínua, envolvendo um despertar relacionado ao esforço respiratório aumentado, à redução (hipopneia) ou à completa obstrução (apneia) do fluxo aéreo na presença de movimentos respiratórios.
Os eventos são freqüentemente finalizados por despertares provocando a fragmentação do sono. Estudo epidemiológico demostrou que a apneia obstrutiva do sono em adultos pode chegar a números alarmantes de 32,8% da população analisada na cidade de São Paulo. Os principais sintomas incluem roncos altos, pausas respiratórias, sono agitado com múltiplos despertares, noctúria e sudorese. O sinal noturno dominante é o ronco, geralmente entrecortado por períodos de silêncio que costumam durar de 10 a 30 segundos.
O término da apneia é associado a um ronco explosivo (ressuscitativo) que parece um “engasgo” e nesse momento o indivíduo chega a ter movimentos corporais bruscos. Os indivíduos muitas vezes não têm conhecimento do seu ronco e de suas dificuldades com a respiração durante o sono, mas alguns percebem as dificuldades respiratórias e reclamam sofrer de insônia. Pela manhã, o indivíduo se sente cansado e com a “boca seca”, e alguns se queixam de uma cefaléia que pode durar de uma a duas horas.
O sintoma diurno mais importante é a sonolência excessiva durante o dia, a qual se torna mais evidente quando o indivíduo está em situação relaxada, como estar sentado, lendo, ou vendo TV. Alguns fatores predisponentes da AOS são: a obesidade; pertencer ao gênero masculino; ter anormalidades craniofaciais como uma mandíbula pouco desenvolvida; ter aumentado os tecidos moles e o tecido linfóide da faringe; sofrer de obstrução nasal e; possuir anormalidades endócrinas como o hipotireoidismo e a acromegalia.
O gênero masculino é o mais afetado devido às diferenças anatômicas da VAS e cervical, ao perfil hormonal e à distribuição adiposa do tipo central (tronco e pescoço). Outros fatores associados são a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e a pulmonar; as arritmias cardíacas relacionadas ao sono;
a angina noturna; o refluxo gastroesofágico; o prejuízo da qualidade de vida e a insônia. Existe uma forte associação entre pacientes portadores de apneia e hipertensão arterial sistêmica (HAS), sendo que de 40 a 81% dos indivíduos com a AOS sofrem de HAS, independentemente do seu peso, idade e sexo, e de 26 a 48% dos hipertensos também sofrem de AOS.